O grupo japonês já tinha anunciado o corte de 10.000 empregos, mas a queda dos lucros no primeiro trimestre ditou o anúncio de uma decisão mais radical.
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A Nissan, que tem como parceira a francesa Renault, vai cortar 12.500 empregos após queda de lucro em 95% no lucro nos primeiros meses do ano.
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A marca automóvel explicou esta quinta-feira, de acordo com a agência Reuters, que os cortes se darão à escala mundial e ocorrerão até 2022. A empresa japonesa também reduzirá a produção para conter custos, devido às vendas fracas e ao aumento de despesas. A Nissan está ainda a tentar recuperar de um escândalo que envolve o ex-presidente Carlos Ghosn.
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A Nissan registou uma queda de 95% no lucro operacional no primeiro trimestre (para 53 milhões de euros) e continua a lutar pelo domínio na América do Norte, um mercado-chave onde foi prejudicado pela manutenção de descontos em veículos. O seu volume de negócios recuou 12,7% no mesmo período.
Em maio, quando o grupo apresentou resultados anuais catastróficos, o presidente executivo, Hiroto Saikawa, tinha prometido "reformas drásticas" que podiam afetar 4.800 trabalhadores.
No ano fiscal de 2018, que terminou em março, a Nissan anunciou uma redução anual de 57,3% nos lucros e 3,2% nas receitas.
As vendas nos Estados Unidos caíram 9,3% e as vendas na Europa, excluindo a Rússia, caíram 17,8%.
O clima empresarial foi também afetado pela detenção do então presidente, Carlos Ghosn, em 19 de novembro, por supostas irregularidades financeiras.
A Nissan tem 139.000 empregados em todo o mundo.