As mulheres espanholas juntaram-se neste dia da mulher para fazer greve e sair à rua. Todas reclamam pelo direito à igualdade e ao fim da discriminação sexual.
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Neste dia internacional da mulher, "se nós paramos, o mundo para" é o lema que une as mulheres na primeira greve feminista em Espanha. Vários protestos estão a acontecer desde as primeiras horas desta quinta-feira em mais de 200 localidades do país vizinho, totalizando mais de 120 manifestações marcadas, de acordo com o jornal El País. Os sindicatos espanhóis, a CCOO e a UGT, falam numa mobilização histórica que reuniu 5,3 milhões de trabalhadores.
A greve tem-se sentido em alguns meios de comunicação sociais espanhóis, onde se tem notado a ausência de figuras femininas. Os serviços de transportes públicos decretaram serviços mínimos, mas funcionam normalmente e vários estabelecimentos encontram-se encerrados.
Estima-se que cerca de 90% do país está parado e tudo graças ao Manifesto 8 de Março que contempla "uma sociedade livre de opressão sexista, exploradora e violenta" e que recusa "condições precárias de trabalho e indiferenças salariais em relação aos homens".
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No último ano, em Espanha, 49 mulheres morreram vítimas de violência doméstica. Estatísticas do governo espanhol revelam também que as queixas de maus tratos e abuso sexual sob as mulheres está a aumentar.
Só até setembro do ano passado, foram submetidas 125,769 queixas, e ainda não existem dados finais referentes ao último ano. Em 2015 registam-se 129,193 ocorrências e o número aumentou em 2016 para 142,893.
Entre 2007 e 2017, morreram 739 mulheres devido a maus tratos, números relembrados com 739 cruzes de cartão e madeira no areal da praia Fortí de Vinaròs, em Castellón, a 200 quilómetros de Barcelona.
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O dia internacional da mulher remonta a 1908, em Nova Iorque, onde aconteceu uma marcha com mais de 15 mil mulheres a exigir menos horas de trabalho e melhores salários. No ano seguinte, o partido socialista norte-americano declarou o primeiro dia nacional da mulher.
Só em 1910, numa conferência da classe trabalhadora feminina, na Dinamarca, é que cerca de 100 mulheres de vários pontos do mundo é que aprovaram o primeiro dia internacional. Finalmente, a 8 de março de 1911 é que se celebrou em alguns países da Europa central como a Áustria, Dinamarca, Alemanha e Suíça. Portanto, o dia internacional da mulher já se celebra há 107 anos, algo que se tornou realmente oficial com a aprovação das Nações Unidas em 1975.