Os três economistas foram premiados por terem explicado o crescimento económico impulsado pela inovação
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O Prémio Nobel da Economia foi, esta segunda-feira, atribuído a Joel Mokyr, Philippe Aghion e Peter Howitt por terem explicado o crescimento económico impulsado pela inovação, anunciou a Real Academia Sueca de Ciências.
Metade do prémio é atribuída ao norte-americano-israelita Mokyr, de 79 anos, "por identificar as condições prévias para o crescimento sustentável através do progresso tecnológico", e a outra metade conjuntamente ao francês Aghion, de 69 anos, e ao canadiano Howitt, de 79 anos, "pela teoria do crescimento sustentável através da destruição criativa".
Segundo a Real Academia Sueca de Ciências, Mokyr utilizou fontes históricas para revelar o motivo pelo qual, nos últimos séculos, o crescimento económico se tornou a nova norma, em contraste com a estagnação de períodos anteriores.
Assim, demonstrou que, antes da revolução industrial, muitas vezes faltavam explicações científicas sobre por que uma nova inovação funcionava com sucesso e, sem esse conhecimento, era difícil que as invenções se sucedessem umas às outras num processo com impulso próprio.
Além disso, Mokyr enfatizou a importância de que a sociedade esteja aberta à mudança e a novas ideias.
Por outro lado, Aghion e Howitt construíram, num artigo de 1992, um modelo matemático da chamada destruição criativa, que se refere ao fenómeno em que, quando um produto novo e melhor entra no mercado, as empresas que vendem o produto antigo sofrem perdas.
Os dois laureados mostraram de diferentes maneiras que essa destruição criativa origina conflitos que devem ser geridos de forma construtiva, pois, caso contrário, as empresas já estabelecidas e os grupos de interesse bloquearão as inovações para não serem prejudicados.
O trabalho dos laureados mostra que o crescimento económico não pode ser dado como certo. "Devemos apoiar os mecanismos que sustentam a destruição criativa para não cairmos novamente na estagnação", afirmou John Hassler, presidente do Comité que concede o Nobel de Economia.
Notícia atualizada às 11h57
