O comité premeia os esforços contra a proliferação de armas nucleares, numa altura em que se intensifica a tensão entre Estados Unidos e Coreia do Norte.
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O Nobel da Paz de 2017 foi atribuído à Campanha Internacional para a Abolição de Armas Nucleares. A presidente do Comité, Berit Reiss-Andersen, anunciou o prémio, dizendo que é um reconhecimento "do trabalho feito para chamar a atenção para as consequências humanitárias catastróficas do uso de armas nucleares e pelos esforços inovadores para chegar à proibição dessas armas".
Esta organização não-governamental junta centenas de países que lutou para que as Nações Unidas implementem um tratado internacional que proíba as armas nucleares. O acordo histórico foi aprovado a 7 de julho deste ano por 122 países. Terá agora de ser assinado por pelo menos 50 estados.
Portugal não vai assinar o tratado. No mês passado, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, explicava que "Portugal não pode ser membro da NATO, que é uma aliança nuclear, e ser subscritor de um tratado que declara ilegais as armas nucleares. Portugal não é membro de alianças ilegais".
No Facebook, a organização já reagiu. Considera uma grande honra receber o Nobel e salienta que o acordo "oferece uma alternativa poderosa e muito necessária para um mundo em que é permitido que prevaleçam as ameaças de destruição de massas", e salienta que estas ameaças "estão, aliás, a escalar".
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