O Prémio Nobel da Paz foi atribuído em partes iguais a Ellen Johnson-Sirleaf, Leymah Gbowee e Tawakkul Karman, três mulheres ligadas à defesa dos Direitos Humanos.
Corpo do artigo
O Nobel da Paz foi atribuído, esta sexta-feira, a três mulheres ligadas à luta a favor dos Direitos Humanos, duas das quais liberianas e uma de nacionalidade iemenita, anunciou o Comité Nobel norueguês.
Segundo este comité, as liberianas Ellen Johnson-Sirleaf e Leymah Gbowee e a iemenita Tawakkul Karman foram galardoadas com este prémio «pela sua luta não violenta em favor da segurança das mulheres e dos seus direitos de participarem no processo de paz».
«Não podemos chegar à democracia e à paz duradoura no mundo a não ser que as mulheres tenham as mesmas oportunidades que os homens para influenciar os desenvolvimentos a todos os níveis da sociedade», acrescentou o líder deste comité, Thorbjoern Jagland.
Johnson-Sirleaf, de 72 anos, foi a primeira mulher a ser eleita democraticamente como presidente em África, tem contribuído para garantir a paz, o desenvolvimento económico e social e o reforço da posição das mulheres na Libéria, disse este comité.
Ainda segundo o Comité Nobel, Gbowee «mobilizou e organizou mulheres de diferentes etnias e religiões, quebrando linhas divisórias que ajudaram a pôr fim à guerra civil na Libéria».
«Nas mais difíceis circunstâncias, antes e durante da Primavera Árabe, Tawakkul Karman teve um papel de liderança na luta pelos direitos das mulheres e pela democracia e paz no Iémen», acrescentou este comité.
O Comité Nobel espera ainda que este galardão «contribua para acabar com a repressão das mulheres que ainda ocorre em muitos países e ajudar a perceber o grande potencial para a democracia e paz que as mulheres podem representar».