Nos EUA não se escolherá apenas o Presidente. "Há coisas muito importantes a acontecer a nível local"
Brian Kavanagh, senador do estado de Nova Iorque, entrevistado pela TSF durante uma ação de campanha, revela os desafios e a importância dos cargos locais, num momento decisivo para o país. Há muito em jogo nas Presidenciais norte-americanas.
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A campanha nas ruas de Nova Iorque prova que o dia 3 de Novembro será decisivo para o país, e de uma forma muito abrangente. Os Estados Unidos da América não escolhem apenas o Presidente nestas eleições. Estão em jogo 35 lugares no Senado, todos os lugares no congresso e também cargos locais.
Brian Kavanagh, senador do estado de Nova Iorque, recandidata-se a um segundo mandato, e é um exemplo que, nas Presidenciais norte-americanas, há mais em jogo do que apenas quem ocupa o cargo de chefe de Estado. "Obviamente, o foco é para a eleição a nível nacional, mas também há coisas muito importantes a acontecer a nível local. Os estados têm um papel cada vez mais importante no Governo norte-americano, especialmente quando há um impasse em Washington e os partidos não chegam a acordo. Confiamos frequentemente nos estados locais para aprovar leis mais fortes sobre a violência com armas, para dar apoio económico durante esta crise da Covid-19. Trabalhámos muito para garantir que as pessoas têm meios para se protegerem, e estamos a lidar com a crise económica, na sequência desta crise de saúde pública."
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A pandemia também trocou as voltas à política norte-americana, e obrigou os senadores a trabalhar a partir de casa, com reuniões em videoconferência. Em Albany, capital do estado de Nova Iorque, os senadores tiveram de se adaptar, conta à TSF o senador que quer ser reconduzido e que preside ao comitê da Habitação, Construção e Desenvolvimento Comunitário. "Tem sido um grande desafio em Albany", reconhece Brian Kavanagh. "O nosso orçamento estatal, como os orçamentos em todo o mundo, foi atingido pela redução da actividade económica, que reduz os impostos. Portanto, estamos a fazer escolhas difíceis quanto aos recursos da comunidade, e também estamos com uma enorme crise no preço das casas. As pessoas não conseguem pagar a renda."
Brian Kavanagh acredita que os resultados não serão tão morosos quanto o que tem vindo a ser difundido. "Estamos com recordes de afluência. Em alguns estados, já votaram mais pessoas do que nas eleições de 2016. Portanto, há muita energia, mas dos dois lados. Muitos republicanos querem defender esta administração, mas penso que teremos um resultado definitivo. E espero que tenhamos uma nova administração democrata em Washington, com a posse na terceira semana de Janeiro."
Além do Presidente, os EUA escolhem, na terça-feira, novos senadores, congressistas e autarcas locais.
* A autora não segue as regras do novo acordo ortográfico.
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