"Nota quase 10, sem qualquer obstáculo". Assim estão as relações entre Portugal e Angola
A avaliação foi feita pelo Presidente angolano no final da visita de três dias a Portugal. Em conferência de imprensa, João Lourenço garantiu que já não há barreiras que impeçam o desenvolvimento futuro.
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Não é "nota 10" mas está perto a avaliação que João Lourenço faz das relações entre Portugal e Angola.
No final da visita oficial a Portugal, o Presidente de Angola garantiu, em conferência de imprensa que já não há obstáculos que impeçam o desenvolvimento futuro da relação entre os dois países.
"O objetivo é chegarmos ao 10. é atingirmos a excelência nas nossas relações. Não se pode dizer que já sejam excelentes. São muito boas daí termos obrigação enquanto políticos de continuar a trabalhar no sentido de atingirmos a tal nota 10!", disse.
E no que sai desta visita de três dias, João Lourenço fala de bons entendimentos e agradece a disponibilidade de Portugal para apoiar o repatriamento de capitais para Luanda, mesmo não sendo Portugal o maior esconderijo do dinheiro.
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"Essas fortunas estarão espalhadas pelo mundo fora, muito provavelmente em locais nunca antes imaginados. É nossa obrigação, com os meios que qualquer estado dispõe, e com os contactos que deve fazer com outros estados, tentar localizar essas fortunas", adiantou.
No capitulo do investimento, João Lourenço afirma que metade da divida contabilizada às empresas portuguesas já foi paga e reitera o convite aos investidores para que façam as malas de imediato.
"Gostaríamos de ver os empresários portugueses em força em Angola, sobretudo os empresários das pequenas e médias empresas de praticamente todos os ramos da economia, agricultura, pescas, turismo, da várias indústrias... creio que se Portugal fizer isso, Angola agradece".
Angola agradece também o acordo já fechado da ida de professores portugueses para Luanda e espera fechar outro para área da saúde aquando da visita de Marcelo Rebelo de Sousa.
Sobre a saída da gigante Sonangol de cerca metade das empresas em que participa no mundo, João Lourenço revela que isso não será feito com o foco em Portugal e até já descansou o BCP.
"Mas já agora posso dizer que há uma empresa portuguesa que me procurou ontem [sexta-feira], muito preocupada, para saber se a Sonangol ia sair ou não. Em princípio, nós sossegamos essa empresa, para dormir descansada", disse João Lourenço.
"Estou a referir-me a um banco", acrescentou o chefe de Estado, sendo que em Portugal a Sonangol tem apenas participações diretas e indiretas no Millennium BCP (onde detém uma posição de 19,49 % do capital social, segundo a informação disponível no 'site' do banco datada de 30 de junho) e na Galp.
Descansado está também o Chefe de Estado angolano em relação ao alerta de Isabel dos Santos sobre o perigo de uma crise política que João Lourenço rejeita a partir de Lisboa
"Devo assegura que não haverá instabilidade em Angola e em principio é tudo o que tenho a dizer", e mais não disse nem conta o eventual prejuízo pela filha de José Eduardo dos Santos ao estado angolano".