José Eduardo Agualusa, Ana Gomes, João Soares e Vítor Ramalho marcaram presença no Fórum TSF e não têm dúvidas que as medidas tomadas são boas para a popularidade de João Lourenço.
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José Eduardo Agualusa considera as últimas notícias de Angola muito interessantes. "Dão esperança. Estou com expectativa e vamos ver os próximos passos. O afastamento de Isabel dos Santos deixou as pessoas entusiasmadas".
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O escritor diz notar "uma guerra civil no partido" e que o próximo passo é conseguir o controlo completo. Por outro lado, frisa que exonerar Isabel dos Santos garantiu a simpatia da população.
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"Isabel dos Santos era uma pessoa que não tinha a simpatia da população e as pessoas reagiram com alegria. Com essas medidas está a desarmar as pessoas com poder. Acho que pela primeira vez há uma janela de esperança e há sinais de abertura".
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Vítor Ramalho frisa a coerência de João Lourenço e compara com o que se passa noutros países de Angola. "Que o homem está a ser coerente em função daquilo que fez está e o próprio vice-presidente é uma pessoa muito capaz. Este quadro contrasta em absoluto com o que se passa no Zimbabwe. Angola é um país amigo, com uma relação brutal connosco, devemos cuidar dele. Neste momento não se vê uma acrimónia relativamente a Portugal, embora por vezes façamos coisas que não devemos, nomeadamente na justiça. A oposição percebe a mudança e reconhece que foi preparada. Se os filhos do antigo presidente cometeram tropelias e devem ser culpados ou pelo menos afastados, isso é da lei da vida".
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Ana Gomes considera que as movimentações de João Lourenço eram essenciais para a sua afirmação. "Era essencial para o presidente se poder afirmar, e sem dúvida que tem apoio popular para esta mudança. Ainda é cedo e antes de mais terá o desafio da presidência do MPLA. Terá de fazer um congresso para reforçar o seu papel e para ficar claro quem é que comanda. Teremos de ver se é apenas uma mudança de uma clique por outra clique ou se há um verdadeiro ímpeto de mudança, transparência e boa governação no país".
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João Soares vê com satisfação estes primeiros sinais. "Vejo com muita satisfação os sinais dados pelos presidente de Angola. Há uma clara vontade de mudar o ritmo das coisas e o seu sentido. As exonerações são particularmente importantes e podem ser muito significativas e, à partida, as coisas parecem ir num bom caminho, bem como ter recebido o líder da oposição, algo que José Eduardo dos Santos fez uma vez em 10 anos".
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O antigo ministro da Cultura nota que há uma vontade de cortar com a prática dos últimos anos e espera que tudo corra pacificamente. "Espero que a transição seja pacífica, mas espero que se faça sem sangue e com muita tranquilidade e que irradie e corrupção endémica".
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