O primeiro dia de regresso às aulas, na sexta-feira, foi marcado por uma ameaça de bomba, que acabou por se revelar falsa.
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As autoridades de Kiev avançaram, esta segunda-feira, que houve uma nova ameaça de bomba contra todas as escolas e faculdades da capital ucraniana.
"A polícia de Kiev recebeu novamente um relato de uma ameaça de bomba em todas as escolas e faculdades em Kiev", disse a administração militar da cidade nas redes sociais, depois de o primeiro dia de regresso às aulas, na sexta-feira, ter sido marcado por uma ameaça de bomba, que acabou por revelar falsa.
As autoridades estão a tomar todas as medidas necessárias e pedem aos cidadãos que mantenham a calma. As escolas e a polícia irão decidir se as crianças e os professores devem ou não ser retirados das instituições.
Este é o segundo ano letivo em que as aulas na Ucrânia decorrem em contexto de guerra. No início deste ano letivo, 240 mil crianças e jovens de Kiev optaram por estudar na escola em vez de o fazerem à distância.
Apesar de os combates ocorrerem no leste e no sul da Ucrânia, as principais cidades longe da linha da frente são também regularmente atingidas por mísseis russos ou ataques de drones.
Segundo Iermak, 3.750 escolas foram destruídas "por mísseis e bombas russas" desde o início do conflito.
Em algumas cidades, foram construídos abrigos subterrâneos para permitir que os professores continuem as aulas em caso de alertas aéreos de possíveis bombardeamentos.
"As crianças em idade escolar e os professores são obrigados a adaptar-se a estas realidades. Mas o mais importante é que as nossas crianças estudem", declarou o comandante-chefe do exército ucraniano, Valery Zaloujny, também nas redes sociais.
"O conhecimento e a cultura são o que nos distingue do inimigo. São estes os pilares sobre os quais assenta a frente atual e sobre os quais será construído o futuro do nosso país", acrescentou.
Desde o início de junho, o exército ucraniano tem vindo a conduzir uma contraofensiva no sul e no leste da Ucrânia, numa tentativa de retomar os territórios ocupados pelas forças de Moscovo.
A Ucrânia tem contado com apoio financeiro e em armamento dos aliados ocidentais, que também decretaram sanções contra Moscovo para tentar diminuir a capacidade russa financiar o esforço de guerra.
Desconhece-se o número de baixas civis e militares da guerra, mas diversas fontes, incluindo a ONU, têm admitido que será elevado.