Acabou o impasse na Grécia, o líder dos conservadores da Nova Democracia, Antonis Samaras, acaba de anunciar que não tem condições para formar um governo de coligação.
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«Tentei encontrar uma solução para um governo de salvação nacional com dois objetivos: para o país permanecer no euro e para alterar a política do memorando [com os credores internacionais] através de uma negociação», referiu durante uma mensagem televisiva.
«Fizemos todos os possíveis. Dirigimos as nossas propostas a todos os partidos que poderiam participar em semelhante esforço, mas ou rejeitaram diretamente a sua participação ou colocaram como condição o envolvimento de outros (partidos), que não aceitam», precisou.
Antonis Samaras foi mandatado esta manhã pelo Presidente grego, Caroulos Papoulias, para iniciar as conversações com os cinco partidos que entraram no parlamento, e destinadas a formar governo.
O dirigente da ND disse que fracassaram as suas tentativas para convencer os líderes de todos os partidos que poderiam admitir uma coligação e decidiu devolver ao Presidente o mandato para formar um governo, referiu a agência noticiosa AP.
O líder conservador reuniu-se respetivamente com o líder da esquerda radical Syriza, Alexis Tsipras, o segundo partido mais votado, e com Evangelos Venizelos, o líder do Pasok (socialistas moderados), que obteve a terceira posição e com Fotis Kouvelis, chefe do pequeno partido pró-europeu Esquerda Democrática (Dimar, sexta posição).
No entanto, Samaras excluiu dos contactos interpartidários a extrema-direita da Aurora Dourada, que pela primeira vez garantiu representação parlamentar com 21 deputados (6,9 por cento dos sufrágios).
De acordo com a Constituição, o primeiro partido é mandatado pelo Presidente para formar uma coligação e terá três dias para as negociações. Em caso de falhanço, será o segundo partido (Syriza) a liderar as conversações por mais três dias e, em caso de impasse, a tarefa será concedida ao Pasok, o terceiro partido mais votado.
Em caso de falhanço das conversações, o chefe de Estado deverá convocar novas eleições legislativas que deverão decorrer em junho.