O presidente colombiano garante que dentro de 150 dias, "apenas 150 dias, "todas as armas das FARC" vão estar nas mãos das Nações Unidas.
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Durante a cerimónia de assinatura do novo acordo de paz, no Teatro Colón, Juan Manuel Santos fez alusão aos "mortos, desaparecidos, feridos e famílias que sofreram com este terrível confronto", uma guerra aberta que durou mais de meio século.
Santos convoca agora todos os partidos e todos os setores da sociedade para que participem de forma a garantir um grande acordo nacional para a implementação da paz.
Do lado das FARC, Rodrigo Londoño, conhecido como Timochenko, sublinhou que o povo colombiano está "farto de violência, de intolerância, de estigmas e de promessas".
A partir de agora, fez notar o líder da guerrilha, "a palavra deve ser a única arma dos colombianos".
Timochenko fez ainda questão de frisar que é importante que seja "garantido o direito à divergência e a fazer oposição".
Este acordo de paz substitui o anterior, assinado há dois meses e que entretanto foi rejeitado em referendo. O líder das FARC insistiu na necessidade de acolher as exigências dos que votaram "não", num movimento que foi liderado pelo antigo presidente Alvaro Uribe.
O novo acordo tem por isso 50 alterações, entre elas, a proibição de magistrados estrangeiros julgarem crimes atribuídos às FARC ou ao governo colombiano.
Fora do teatro Colón, enquanto se assinava o acordo, dezenas de pessoas assistiram ao momento histórico, enquanto cantavam pela paz.
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