O nível de alerta redioativo subiu dois níveis e está agora no terceiro, numa escala de sete. Os efeitos do terramoto de 2011 são afinal mais graves do que se pensava.
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São as conclusões da Autoridade de Regulação Nuclear do Japão que reavaliou a gravidade de uma fuga de 300 toneladas de água radioativa, dois anos depois do sismo.
O que começou por ser classificado pelas autoridades como um pequeno incidente, acabou se revelar um acidente grave. Os reservatórios da central nuclear de Fukushima tiveram uma nova fuga, estima-se que seja a quarta desde o terramoto de 2011, mas desta vez com consequências piores.
Um especialista explica que a água radioativa que escapou expõe um pessoa a uma dose de radiação de cinco anos em apenas uma hora. A Tepco, empresa que gere a central nuclear diz que a água - cerca de 300 toneladas - terá escapado de um tanque depois de ter passado uma barreira de cimento.
Para travar a fuga, este reservatório está ser esvaziado e a camada superior do solo contaminado está a ser retirada.
A agência que controla a energia nuclear no Japão reavaliou hoje a situação e não hesitou em elevar o nível de alerta. Passou de 1 para 3, numa escala de 7, devido à quantidade e densidade da radiação.
A fuga está a preocupar a vizinha China. O ministro dos Negócios Estrangeiros de Pequim diz que está chocado com o facto de, dois anos depois, o Japão não conseguir conter fugas na central de Fukushima.
O governo chinês espera que Tóquio tome medidas rapidamente para pôr um ponto final às consequências negativas do acidente nuclear.