Até ao momento, não há informações sobre vítimas.
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Pelo menos dois mísseis terra-ar atingiram, este sábado, uma infraestrutura energética na região de Kiev, na Ucrânia. A informação já foi confirmada pelas autoridades, que aconselharam a população a procurar abrigo.
"Houve um ataque com mísseis às instalações de infraestruturas críticas" em Kiev, disse Kyrylo Tymoshenko, chefe-adjunto da Presidência ucraniana.
O presidente da câmara de Kiev, Vitali Klitschko, adiantou que houve explosões em Dniprovskiy e apelou aos cidadãos para "ficarem em abrigos".
Foram também ouvidas explosões em Zaporijia e Kharkiv.
Até cerca das 11h30 locais (menos duas horas em Lisboa), não havia conhecimento de mortos ou feridos.
Desde a noite de ano novo que a capital ucraniana não era atacada com mísseis.
Na região periférica de Kiev, um edifício residencial na aldeia de Kopyliv foi atingido e as janelas das casas próximas rebentaram, disse Tymoshenko.
Ao início do dia de hoje, dois mísseis russos atingiram Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia, informou o governador daquela região.
Oleh Syniehubov disse que as forças russas dispararam dois mísseis S-300 contra a região industrial de Kharkiv. A extensão dos danos do ataque não era imediatamente clara, mas não foram relatadas quaisquer baixas.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 7,9 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU.
Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.919 civis mortos e 11.075 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.