Vinte e três mortos e 74 sobreviventes é o último balanço do naufrágio de uma piroga ocorrido hoje na Guiné-Bissau, mas as autoridades admitem que o número de mortos pode aumentar.
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Fonte dos serviços da capitania dos portos da Guiné-Bissau disse a agência Lusa que «é mais que provável» que se venha a encontrar mais corpos, uma vez que não se sabe ao certo quantas pessoas seguiam na piroga, proveniente da ilha de Bolama e afundada ao largo de Bissau, e «muitas estão desaparecidas».
«Há quem fale que a canoa trazia 150 pessoas, outros dizem que seriam 200 a bordo. Ora fazendo as contas entre as pessoas socorridas e as que perderam a vida há muita gente ainda por encontrar», declarou a mesma fonte.
Fontes médicas informaram à Lusa que deram entrada no hospital Simão Mendes, até as 18:30 minutos (hora local), 97 pessoas, 23 das quais morreram e 74 estão ou estiveram a receber assistência médica.
Os dois elementos da AMI (Assistência Medica Internacional), que saíram ilesos do naufrágio disseram que a embarcação levava gente a mais.
«A canoa vinha superlotada, cheia de gente, e, quase a chegar a Bissau, a cerca de 700 metros da costa, tombou para um dos lados, entrou água, partiu-se a cobertura e, pronto, acabou por se afundar», descreveu aos jornalistas Francisco Antunes.
Médico recém-formado e na Guiné-Bissau há um mês, Francisco Antunes disse que teve sorte por sair ileso do naufrágio.
«Eu tive sorte porque estava numa das bordas da canoa, mesmo ao pé do motor, e saltei para água», relatou.