
A truck driver stands amongst lorries waiting in line on the motorway which leads to the Channel Tunnel terminal in Calais, northern France, June 24, 2015. Traffic was suspended on Tuesday after striking ferry workers accessed the terminal on the French side and set fire to tires to protest against the restructuring of Eurotunnel's maritime business MyFerryLink. REUTERS/Christian Hartmann - PM1EB6O11UV01
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Os "coletes amarelos" prometem bloquear 1100 estradas em França, num protesto contra o aumento do preço dos combustíveis.
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Em França surgiu um novo movimento. Chama-se "coletes amarelos" e vão bloquear no próximo sábado 1100 estradas do território francês. Uma manifestação contra os sucessivos aumentos do preço de combustível que também se vai estender à Bélgica e Suíça.
O ministro do interior francês dirigiu-se esta terça-feira aos franceses e pediu que não houvesse um bloqueio total nas estradas.
"Não toleramos nenhum bloqueio total!".Este foi o claro aviso do ministro interior francês, Christophe Castaner, dirigido aos milhares de manifestantes que prometem vão bloquear 1100 estradas francesas, este sábado.
"Vamos intervir em todo o lado onde houver bloqueios, portanto um risco para as intervenções de segurança, mas também para a livre-circulação. São cidadãos, cidadãos que hoje, com uma opinião discutível, decidem manifestar-se, mas são cidadãos que também sabem que a liberdade dos cidadãos em circularem (nas estradas) é essencial".
Sébastien Fevrier foi um dos primeiros a juntar-se ao movimento de cidadãos e reage às declarações do ministro do interior, "isto é o que ele conta e no que acredita, mas se ouvir os franceses o bloqueio vai acontecer, e vai acontecer até que nos façamos ouvir", defendeu.
A quatro dias da grande mobilização dos coletes amarelos para protestar contra o aumento do preço dos combustíveis, os apelos ao bloqueio de sábado multiplicam-se. Sebastien Fevrier esclarece que este movimento não conta com qualquer apoio de sindicatos ou de partidos.
"Não há política associada ao movimento. Este bloqueio e movimento não tem nada de política é mesmo para mostrar um descontentamento geral. Não é uma manifestação organizada com organizadores. Na verdade é uma manifestação do povo que mostra que não está satisfeito", disse.
Os apelos ao bloqueio para paralisar o país multiplicaram-se nas últimas semanas nas redes sociais para serem ouvidos pelo governo de Emmanuel Macron.