Os ministros do Interior europeus reúnem-se esta terça-feira para tentar chegar a um acordo sobre a distribuição dos 120.000 refugiados. Em cima da mesa pode estar uma proposta em que cada país define quantos refugiados aceita receber.
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O encontro dos ministros do Interior pretende preparar a cimeira europeia que decorre na quarta-feira entre os chefes de Estado e do Governo sobre a crise dos refugiados e, segundo alguma imprensa internacional, a imposição de quotas já não é uma hipótese.
Para evitar mais um fracasso, o novo plano deixa cair as quotas obrigatórias, cabendo a cada estado definir quantos refugiados aceita receber.
O novo plano da Comissão Europeia procura assim, garantir o apoio dos países de Leste, que se reuniram na segunda-feira em Praga, para chegar a uma posição comum.
Os representantes da Hungria, Polónia, República Checa, Eslováquia, Roménia e Letónia fazem finca pé, na rejeição da obrigatoriedade das quotas. E pelo que revela o Financial Times, que teve acesso a um rascunho do plano, é precisamente esse ponto que cai por terra, na proposta que vai ser discutida esta tarde, em Bruxelas.
Escreve o Financial Times, que "até a percentagem por cada Estado membro foi apagada".
Certo é que o número total mantém-se. A União Europeia compromete-se a receber 120 mil refugiados, nos próximos 2 anos. Os países mais ricos recebem mais gente e em cima da mesa, adianta o jornal El Pais, está tb a possibilidade de ser criada uma reserva que pode ser usada em situações de emergência.
Por exemplo, se um país receber um número muito elevado de refugiados, como aconteceu na Croácia, no final da semana passada, pode pedir o realojamento usando uma quota.
São remendos para tentar chegar a um compromisso.