A agência ISNA já admitiu o erro e corrigiu o texto mas a agência Mehr apenas reformulou as declarações iniciais.
Corpo do artigo
O presidente eleito do Irão, Hassan Rohani, foi erradamente citado pelas agências iranianas como tendo dito que Israel «é uma ferida que deve ser eliminada», segundo imagens das suas declarações difundidas pela televisão estatal.
As imagens mostram o clérigo, ladeado pelos guarda-costas, marchando em Teerão junto a milhares de pessoas por ocasião do dia de al Quds (Jerusalém), em apoio da causa palestiniana e de condenação a Israel.
Nas imagens, Rohani afirma de facto: «Em qualquer caso, na nossa região, há uma ferida há muitos anos no corpo do mundo islâmico, na sombra da ocupação da terra santa da Palestina e da amada Quds».
E acrescenta: «Este dia serve na verdade para lembrar que os muçulmanos não vão esquecer o seu direito histórico e vão continuar a erguer-se contra a agressão e a tirania».
Numa primeira versão das declarações de Rohani , as agências iranianas ISNA e Mehr noticiaram que Rohani, que toma posse no sábado, tinha afirmado que «o regime sionista é uma ferida infligida há anos no corpo do mundo muçulmano que tem de ser eliminada».
Entretanto, a ISNA já admitiu o erro e corrigiu o texto, mas a Mehr limitou-se a reformular o texto, retirando a expressão «que deve ser eliminada», sem adiantar qualquer explicação.
As afirmações erradas divulgadas pelas agências suscitaram fortes críticas do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que afirmou que Rohani, considerado por muitos um moderado, mostrou, «mais cedo do que previsto», o seu «verdadeiro rosto».
«Mesmo que os iranianos venham a negar estas afirmações, é isto que ele pensa e reflete os planos do regime», disse Netanyahu, acrescentando que o objetivo de Teerão continua a ser «construir uma arma nuclear para ameaçar Israel».