São 262, mais 3 do que em 2016. O Comité para a Proteção dos Jornalistas acusa Donald Trump de legitimar as prisões, ao insistir na teoria das "fake news".
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Só na Turquia, há 73 jornalistas presos; é o país com mais detenções. Logo depois, está a China, com 41; e o Egito, com 20. Os três países concentram mais de metade dos repórteres detidos em todo o mundo: no total são 262, um novo recorde, com mais 3 do que em 2016.
A esmagadora maioria - três quartos - está a ser investigada ou é suspeita de crimes contra o Estado. A política é considerada a área mais perigosa: é daí que vem a maior parte das notícias que leva os jornalistas para a cadeia. O Comité nota ainda um aumento das detenções entre os chamados "freelancers", os repórteres que trabalham por conta própria.
Esta organização não-governamental com sede em Nova Iorque sublinha a falta de condições das cadeias, algo que leva a que muitos fiquem doentes e já provocou mesmo a morte a dois jornalistas este ano; entre eles, Lu Xiaobo, chinês, Prémio Nobel da Paz, que morreu em julho.
O Comité para a Proteção dos Jornalistas aponta o "fracasso da comunidade internacional", defendendo que o mundo nada faz para castigar os governos mais repressivos, os que vão contra o direito internacional, os que deveriam prestar contas e não o fazem.
E agora há a questão das "notícias falsas", as chamadas "fake news" de que Donald Trump não se cansa de falar. A organização defende que se trata de uma "retórica nacionalista" que legitima a decisão dos Estados a decisão de colocar os jornalistas atrás das grades.