João Pedrosa decidiu ficar na cidade chinesa que é o epicentro do novo coronavírus. Agora, escreve no site da TSF sobre o estranho dia a dia em Wuhan.
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Com objetivo de reforçar o controlo à propagação da epidemia, foi decretado um conjunto de medidas mais profundas e rigorosas para Wuhan e para a província de Hubei (centro do surto do Covid-19). As medidas incluem a aplicação de restrições de tráfego a todos os veículos não urgentes e o encerramento de todos os locais públicos não essenciais.
Na notificação emitida pelo governo provincial é salientado que as recentes medidas devem-se ao facto da província estar numa "fase crítica" e que a situação continua a ser grave.
Os bairros de Wuhan estão a fechar os seus portões e a não permitir, em geral, as entradas ou saídas. Nos prédios, as saídas só são autorizadas para recolher os suprimentos que são entregues na sua porta de entrada.
O rastreio de doentes é reforçado. Qualquer residente que apresente sintomas prováveis da doença, tal como febre, deve comunicá-lo de imediato às autoridades e/ou às comunidades locais.
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Os pacientes confirmados ou suspeitos de estarem infetados com o vírus, bem como os seus contactos mais próximos e os pacientes com febre devem ser tratados em tempo útil ou colocados em quarentena em vez do auto isolamento em casa.
As empresas não podem retomar as suas atividades a menos que tal seja permitido pelas autoridades locais de prevenção da epidemia.
Para aquelas que seja autorizada a retoma de trabalhos, como é o caso das instituições públicas, estão obrigadas a cumprir com regras rigorosas de saúde, higiene e segurança.
Mas para além de todos controlos, há que ser perseverante e acreditar que o surto será dominado.
João Pedrosa, em Wuhan (17 de Fevereiro de 2020)
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