Novos reservatórios para água contaminada na central nuclear japonesa de Fukushima
O grupo industrial japonês "Mitsubishi Heavy Industries" (MHI) começou a fornecer novos modelos de reservatórios para armazenamento de água contaminada na central destruída de Fukushima, mais fiáveis que os anteriores, foi hoje noticiado.
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De acordo com a agência noticiosa francesa AFP, estes são os primeiros modelos completamente prontos a usar, enquanto os anteriores, fornecidos por outras empresas, eram montados na central de Fukushima, no nordeste do Japão.
Uma parte das variantes anteriores, constituídas por placas de aço fechadas com cavilhas, permitiram a fuga de importantes quantidades de líquido altamente radioativo, o que levou as autoridades japonesas a exigir alterações à companhia gestora da central, a Tokyo Electric Power (TEPCO).
Atualmente, mais de um milhar de cisternas de diferentes tipos está instalado no local e a TEPCO monta entre 20 e 40 mais, todos os meses.
Os novos reservatórios fornecidos pela MHI, com uma capacidade unitária de 700 metros cúbicos, vão receber a água que tinha sido armazenada nos modelos que registaram fugas.
A MHI assegurou ter confiado o fabrico destas cisternas verticais aos melhores operários.
O grupo prevê ainda fornecer modelos maiores, com uma capacidade de mil metros cúbicos.
Mais de 400 mil cúbicos de água contaminada estão atualmente armazenados na central atómica e a TEPCO está a tentar, há vários meses, travar o fluxo contínuo de líquido radioativo proveniente do subsolo do local e da irrigação permanente dos reatores destruídos.
Este problema da fuga de água é o de mais difícil gestão para a TEPCO e um dos que mais preocupam a comunidade internacional devido ao risco de poluição do Oceano Pacífico.
Um dispositivo de descontaminação, denominado ALPS, devia extrair da água cerca de 60 radionuclídeos, mas na operação prática têm-se deparado com vários problemas.
Este equipamento, desenvolvido pelo grupo japonês "Toshiba", é apresentado como fundamental para resolver este problema da água, que ameaça atrasar o desmantelamento da central de Fukushima Daiichi, parcialmente destruída pelo maremoto de 11 de março de 2011.