
epa07325917 Members of civil society arrive at the control post of the presidential residence, known as La Casona, to deliver the Amnesty Law, in Caracas, Venezuela, 27 January 2019. The Venezuelan opposition began today a campaign to get the military and police of the country the text of a law recently approved by Parliament, where it exercises a strong majority, and seeks officials to ignore the Government of Nicolas Maduro. EPA/Leonardo Munoz
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Mais de 850 pessoas foram detidas durante manifestações antigovernamentais desde 21 de janeiro.
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Na passada quarta-feira foram detidas 696 pessoas na Venezuela, o número mais elevado de detenções num só dia das últimas duas décadas, escreve a Reuters.
Os protestos contra o Governo venezuelano continuam a subir de tom e sobe também o número de detidos. O último balanço aponta para mais de 850 pessoas, incluindo 77 menores.
Segundo o Fórum Penal Venezuelano, uma organização não-governamental de defesa de direitos humanos, os detidos são acusado de delitos de terrorismo, instigação ao ódio, alteração da ordem pública e desacato à autoridade, entre outros.
Na sexta-feira, o Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, acusou a oposição de promover a violência no país e pediu às autoridades que os cidadãos envolvidos em atos de vandalismo sejam condenados a 20 anos de prisão.
Pelo menos 40 pessoas morreram durante manifestações antigovernamentais, incluindo 26 pessoas abatidas por forças pró-regime, cinco durante raides a casas e 11 durante pilhagens.
A onda de violência começou depois de Nicolás Maduro ter iniciado o seu segundo mandato de seis anos como Presidente da Venezuela, após uma vitória eleitoral cuja legitimidade não foi reconhecida nem pela oposição, nem pela maior parte da comunidade internacional, e escalou quando o presidente da assembleia nacional, Juan Guaidó, se autoproclamou presidente interino da Venezuela.