O Presidente do Irão respondeu à ameaça de Donald Trump, que identificou 52 alvos iranianos, caso haja uma retaliação à morte do general Qassem Soleimani.
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O Presidente do Irão pede que a América "não ameace a nação iraniana", deixando um aviso ao Presidente norte-americano.
"Aqueles que se referem ao número 52 também se devem lembrar do número 290. #IR655", escreve Hassan Rohani, no Twitter, numa referência à tragédia do voo Iran Air 655, que foi abatido em julho de 1988 por um navio americano, tendo custado a vida de 290 pessoas.
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A situação na região está particularmente tensa desde que o general Qassem Soleimani, comandante da força de elite iraniana Al-Quds, foi morto na passada sexta-feira, num ataque aéreo contra o carro em que seguia, ordenado pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
O ataque ocorreu três dias depois de um assalto inédito à embaixada norte-americana que durou dois dias e só terminou quando Trump anunciou o envio de mais 750 soldados para o Médio Oriente.
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Milhares de pessoas concentraram-se nas ruas de Teerão, nas cerimónias fúnebres, do general, que era o número dois do regime iraniano. A liderar as orações, o líder supremo do Irão, Ali Khameni, não conteve as lágrimas. Nas ruas, gritou-se "morte à América" e foram queimadas bandeiras de Israel e dos EUA.
O Irão prometeu vingança e anunciou no domingo que deixará de respeitar os limites impostos pelo tratado nuclear assinado em 2015 com os cinco países com assento no Conselho de Segurança das Nações Unidas --- Rússia, França, Reino Unido, China e EUA --- mais a Alemanha, e que visava restringir a capacidade iraniana de desenvolvimento de armas nucleares. Os Estados Unidos abandonaram o acordo em maio de 2018.
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