Pedro Calado, Alto Comissário para as Migrações, esteve na manhã TSF a explicar a importância dos Centros Nacionais de Apoio à Integração de Migrantes.
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O Alto Comissariado para as Migrações venceu o prémio de Serviço Público das Nações Unidas 2019, pelo trabalho desenvolvido nos Centros Nacionais de Apoio à Integração de Migrantes. Pedro Calado, Alto Comissário para as Migrações, esteve na manhã TSF a explicar a importância deste serviço.
"O conceito é muito simples, é a ideia do one stop shop, ou seja, debaixo do mesmo teto temos hoje todos os serviços públicos que, por exemplo, em 2004 estavam dispersos pelas cidades, criando uma espécie de labirinto administrativo e burocrático para os migrantes. Agora, no mesmo edifício, no mesmo dia, uma pessoa consegue resolver toda a sua vida. Todo esse labirinto passou a estar simplificado também de ponto de vista da modernização de um serviço que hoje em dia é já replicado em países como a Alemanha, a Bélgica, etc", conta Pedro Calado em entrevista ao jornalista Fernando Alves.
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Pedro Calado considera que o trabalho desenvolvido pelo Alto Comissariado para as Migrações é sempre "um trabalho inacabado", porque "se por um lado, houve avanços muito significativos em muitos domínios de apoio à integração, continuamos sempre a ter novos desafios e novas questões que vão surgindo".
"Por hoje, talvez os desafios maiores tenham que ver com as dimensões de regularização, porque, de facto, Portugal está numa nova fase, nós temos, desde 2017, saldos migratórios positivos e isso é uma boa notícia para o país, estamos a crescer do ponto de vista das migrações", acrescenta Pedro Calado.
O Alto Comissário para as Migrações defende que iniciativas como a Feira do Empreendedorismo Migrante são fundamentais tanto para os migrantes como para os países que os acolhem.
"Um dos exemplos que temos no Centro Nacional de Apoio à Integração de Migrantes em Lisboa é um gabinete de apoio ao empreendedorismo migrante, onde nos últimos anos já formámos mais de duas mil pessoas estrangeiras para criarem os seus negócios. Aquilo que começamos agora a percecionar e a colher são pessoas estrangeiras que criaram negócios. São pessoas que estão a perceber que Portugal tem oportunidades, tem nichos e criam esses negócios", remata.