É a mensagem do líder supremo do Irão. O "ayatola" Ali Khamenei presta tributo ao chefe religioso xiita hoje executado na Arábia Saudita.
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O líder iraniano usou a rede social Twitter, para juntar a sua voz ao coro de condenações, depois da morte de Nim al-Nimr. Este influente líder xiita foi executado em conjunto com outras 46 pessoas, este sábado, entre eles, vários outros membros da minoria xiita na Arábia Saudita e jihadistas sunitas.
Num "tweet" em Inglês, Ali Khamenei escreve que "o despertar não pode ser suprimido". E na página oficial na internet, o chefe máximo do Irão publica uma imagem em que compara o regime saudita aos extremistas do Daesh, sugerindo que, em ambos os casos, a execução é o caminho para quem discorda.
Alemanha preocupada
O "sheikh" Nim Al-Nimr sempre foi muito crítico da monarquia saudita. Estava preso desde Julho de 2012 e era considerado um lider xíita independente e popular entre os jovens.
Depois do anúncio da sua execução, os protestos alastraram um pouco por todo o mundo árabe, até mesmo na Arábia Saudita, em Qafir, no leste, única região do país em que os xiitas são maioritários.
Da Europa, chega a preocupação da Alemanha. O ministério dos negócios estrangeiros em Berlim considera que esta execução "reforça as nossas preocupações quanto ao aumento das tensões" no Médio Oriente.
Do Iraque, chega um aviso. Através do Facebook, o Primeiro-Ministro escreve que a morte de al-Nimr terá consequências na segurança na região.
Haider al-Abadi afirma que executar os opositores "só vai levar a mais destruição", dizendo-se "intensamente chocado". "Violar os direitos humanos tem consequências na segurança, estabilidade e condições sociais dos povos" árabes, acrescenta o chefe do governo iraquiano.