As assembleias de voto da Grécia abriram esta manhã às 07h00 locais (05h00 em Lisboa) para as eleições legislativas, em que é apontado como favorito o Syriza, partido de esquerda e contra a austeridade. Do outro lado está o atual líder, Antonis Samaras.
Corpo do artigo
Na Grécia, a escolha é entre a segurança e os problemas, diz Antonis Samaras, o líder conservador. Já Alexis Tsipras, líder do Syriza, sublinha que a escolha é entre a austeridade e a dignidade.
Os líderes dos dois principais partidos candidatos à formação de governo na Grécia votaram esta manhã. À saída dos locais de voto, ambos falaram aos jornalistas.
Alexis Tsipras, apontado pelas sondagens como o favorito nas eleições deste domingo, defendeu que há um caminho alternativo à austeridade e avisou a União Europeia (UE) que o futuro da Europa «não está na austeridade, mas na dignidade e a coesão».
«Hoje o povo grego vai dar o último passo para recuperar sua dignidade, para viver um futuro com solidariedade, para o regresso da esperança, o fim do medo, o regresso da democracia e a dignidade em nosso país», disse Tsipras após votar em Atenas.
Já Antonis Samaras, atual primeiro-ministro e a líder da Nova Democracia, acredita que ainda pode ser reeleito apesar de as sondagens apontarem para a vitória do Syriza.
Em declarações aos jornalistas, depois de depositar o seu voto no colégio eleitoral de uma pequena localidade de Pilos, ao sul de Peloponeso, Samaras defendeu que nestas eleições os gregos vão decidir se seguem em frente, fortes e com segurança ou se vão mergulhar em problemas.
«Estas eleições são decisivas para o futuro da Grécia e dos nossos filhos. Vamos decidir se seguimos em frente, com força, segurança e confiança, ou se embarcamos numa aventura. Há um número nunca antes visto de pessoas que continuam indecisas, serão elas a determinar o resultado. Estou otimista, pois acredito que ninguém irá colocar em dúvida o rumo europeu do nosso país», disse o líder conservador.
Por outro lado, o líder do To Potami, Stavros Theodorakis, que concorre pelo terceiro lugar com o movimento neonazi Aurora dourada, os socialistas do Pasok e os comunistas do KKE, afirmou ao votar em Jania, Creta, que a Grécia vai «castigar os partidos políticos que provocaram esta situação».
A Grécia «parece que decidiu mudar de primeira força política e castigar os que conduziram a esta situação, a Nova Democracia e o Pasok», adiantou o líder do partido To Potami.
No total, cerca de 9,8 milhões de eleitores vão votar para eleger 300 deputados. Os resultados oficiais devem ser conhecidos às 21h00, hora de Lisboa.