A decisão foi verbalizada uns dias antes, quando Adolf Hitler pediu a um dos seus homens de confiança, Heinz Linge, que queimasse o seu corpo com gasolina depois de cometer suicídio. Mas diz-se que foi a chegada do exército russo a Berlim que ditou o desfecho.
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Os últimos dias do ditador foram intensos e, apesar dos muitos apelos para que deixasse a cidade, Hitler decidiu não abandonar. Suicidou-se a 30 de Abril de 1945.
Era suposto ser provisório mas, no início de Abril, Adolf Hitler mudou-se em permanência para um bunker construído a cerca de 16 metros de profundidade do jardim, à prova de bombas, de ataques aéreos mas exposto a uma derrota que já era inevitável. Por essa altura, o ditador que sonhava com um império de mil anos, já sabia que a guerra estava a chegar ao fim.
No dia 20 de Abril Berlim estava reduzida a escombros, não havia água corrente, nem eletricidade. A esperança dos nazis degradava-se a cada minuto, tal como a saúde do líder, preso a dezenas de comprimidos e drogas. Foi nesse dia (20 de Abril, dia do aniversário) que o "führer" foi fotografado pela última vez em público, quando recebeu uma delegação da juventude hitleriana no jardim. Foram breves minutos, pouco entusiastas, a última vez que o austríaco, de 56 anos, teria contacto com o exterior.
As explosões constantes indicavam que era altura de abandonar Berlim. Muitos o fizeram mas Adolf Hitler decidiu ficar "até ao fim".
No dia 28 casou com Eva Braun e foi com ela que, no dia 30 de Abril, perto das 3 da tarde, cometeu suicídio. Sobre a forma como morreu, os relatos divergem. Arma de fogo? Cianeto? Ambas?
No jardim, enquanto a artilharia russa bombardeava a zona, os dois corpos foram colocados lado a lado e regados com vários litros de gasolina. Hitler tinha deixado clara a vontade de ser cremado para que os inimigos não pudessem ter acesso ao corpo (tal como aconteceu com o Benito Mussolini, fuzilado e pendurado publicamente).
Era o fim de 12 anos de uma ditadura que nasceu para durar mil.