Já existia para subscritores, a partir de agora é para todos. O El Español é a resposta do antigo diretor do El Mundo, que saiu em conflito com o jornal.
Corpo do artigo
Pedro J. Ramirez pegou na indemnização, usou a fama que tem nas redes sociais e fez um crowdfunding que angariou 3,5 milhões de euros, a que se junta o dinheiro de investidores privados. O investimento total para fundar o El Español andará à volta dos 18 milhões.
[youtube:e5msH4R2G5E]
Com cerca de 120 profissionais - dos quais 70 são jornalistas - eles prometem ser incómodos num jornal 100% digital.
Um dos lemas deles é "no hace falta papel". "Volta e meia estamos com piadas, sobretudo quando vamos à impressora buscar o papel impresso", conta Joana Rei, uma das 120 pessoas que fazem este El Español, jornal exclusivamente digital criado por Pedro J. Ramírez, "uma pessoa bastante próxima da redação, que chega cedo, sai tarde, participa muito na criação do jornal, na criação e discussão dos temas", descreve a portuguesa.
Pedro J. foi diretor do El Mundo. Foi despedido com uma indemnização que o ajudou a criar este projeto, a que juntou 3,5 milhões de euros, "um recorde mundial de crowdfunding", diz Joana Rei. O jornal tem já mais de 10 mil subscritores: "Não é que estivéssemos à espera, mas também não nos surpreende", sublinha a jornalista da secção de Cultura. "O Pedro J. tem muitíssima repercussão nas redes sociais", o que ajudou a que o projeto ganhasse dimensão.
Quem não for subscritor tem direito a ler gratuitamente 25 artigos por mês. O jornal contratou profissionais que sairam do El Mundo, do El Pais, do El Confidencial, do La Razon, outros que eram free lance. A plataforma é digital. O objetivo é o mesmo: "Informar de maneira independente, livre e incómoda para o poder. Queremos ser o quarto poder".
Aqui está a resposta da saída conflituosa de Pedro J. Ramirez do El Mundo. É ele que diz que "enquanto uns gastam dinheiro em papel e despedem jornalistas, outros prescindem do papel e contratam jornalistas".