Nasceu há 25 anos numa zona deserta do Quénia. Já lá viveram quase 400 mil pessoas e hoje alberga cerca de 280 mil, na maioria somalis.
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Em 2013, os governos do Quénia, da Somália, e o alto comissariado da ONU para os refugiados assinaram um acordo tripartido para o repatriamento voluntário dos refugiados.
O governo de Nairobi, no entanto, cansou-se de esperar e acredita que assim coloca um ponto final em algumas ameaças terroristas. O governo queniano está convencido de que o campo foi usado para preparar os ataques à universidade de Garissa e ao centro comercial em Nairobi.
O conselho norueguês dos refugiados, que gere algumas partes do gigantesco campo de Dadaab, está preocupado com o encerramento e com o que vai acontecer aos que ainda ali habitam.
Ouvido pela TSF, Neil Turner, o representante do conselho no Quénia, garante que grande parte da população não quer regressar.
Ele lembra que a Somália tem hoje mais de um milhão de deslocados internos com dificuldades em acederem a serviços básicos e em ganharem a vida. Os refugiados que forem obrigados a regressar ao país podem aumentar essa fileira de deslocados.
Neil Turner pede, por isso, a Nairobi que adie a data de encerramento do campo e regresse ao processo anterior de regressos voluntários, organizados e coordenados.