
Igreja de Porto Palmeira perde o sino
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A comunidade católica de uma pequenina aldeia está assustada com o furto de uma peça de 250 quilos, do qual ninguém deu conta.
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A comunidade católica de Porto Palmeira, perto da cidade de Araricá, no Rio Grande do Sul, rezava em conjunto naquele fim de tarde de terça-feira na Capela São Pedro. E, como de costume, um dos paroquianos preparou-se para tocar o sino da igreja. Mas, desta vez, nada. O sino não deu nem um toque. Nada de nada.
O padre Éverton de Souza olhou então para a torre da capela, com uns 15 metros de altura, e não estava lá o sino. O sino de bronze, que tem cerca de 60 centímetros de altura, pesa mais de 250 quilos e cujo custo é estimado em quatro mil euros, desapareceu.
Como no domingo anterior o padre Éverton o havia utilizado, o roubo aconteceu nas 48 horas seguintes. Mas como? "Um sino não cabe dentro de uma carteira, quem o fez precisou de escada, de ajuda, de muita força", observa o clérigo.
Na cidade, ou melhor, na aldeia rural situada, por ironia, numa região chamada Vale dos Sinos, são raríssimas as câmaras de vigilância e não há uma esquadra aberta 24 horas dia, por isso, a queixa só foi prestada no dia seguinte. "Nós aqui não temos assaltos nunca, por isso estamos ainda mais assustados, quem fez isso?", perguntou o morador Paulo Saraiva, em declarações ao jornal Zero Hora.
"O sino era uma celebridade: quando tocava, lá íamos para a igreja. Quem fez essa barbaridade? Bom, perdemos o sino, mas não perdemos a fé", disse João Flores, zelador da igreja que tem uma pista se seguir, depois de a filha lhe ter dito que ouviu, durante a madrugada, um som de alguma coisa a rolar, como uma botija de gás.
Enfim, eis o mistério do sino furtado em Vale dos Sinos.
O correspondente da TSF no Brasil, João Almeida Moreira, assina todas as quintas-feiras no site da TSF a crónica Acontece no Brasil.