O último discurso do Estado da União de Barack Obama foi marcado pela luta contra o Terrorismo, a retórica anti-Islão e a economia americana.
Corpo do artigo
Foi o último discurso do Estado da União de Barack Obama. Diante do Congresso, o Presidente norte-americano deixou recados a Donald Trump sobre a retórica anti-Islão que o candidato republicano tem adotado. "Quando os políticos insultam os muçulmanos, aqui ou no estrangeiro, quando uma mesquita é vandalizada ou chamam nomes a um miúdo, isso não nos torna mis seguros. Não é a realidade. É apenas errado", disse o presidente norte-americano.
[twitter:687106894113050625]
No discurso do Estado da União desta quarta-feira, Obama assegurou que o combate ao Estado Islâmico "não ameaça a existência nacional", e afastou a ideia de uma Terceira Guerra Mundial, argumentando que esse discurso apenas serve os interesses do Daesh. "Só temos de os tratar pelos nomes: assassinos e fanáticos, que têm de ser caçados e destruídos", defendeu.
De saída da Casa Branca, Obama procurou fixar o caminho da esperança e contrariar a ansiedade em relação ao futuro, garantindo que falar em declínio da economia norte-americana é pura "ficção política". O Presidente realçou que "os Estados Unidos têm a economia mais forte e duradoura do mundo. Mais de 14 milhões de novos postos de trabalho, os dois anos de maior crescimento do emprego desde os anos 1990, o desemprego reduzido a metade. Qualquer um que diga que a economia dos EUA está em declínio está a vender ficção".
[twitter:687099389483958272]
No tradicional discurso diante do Congresso, Obama não passou ao lado da questão Guantánamo, reafirmando a promessa de tentar encerrar a prisão que, diz, "é cara, é inútil e não é mais do que um panfleto de recrutamento para os nossos inimigos".
O Presidente dos Estados Unidos quis ainda frisar que espera trabalhar durante este ano com os republicanos no Congresso. Reconhecendo que "as expectativas do que vamos conseguir este ano são baixas", Obama garantiu que vai continuar a lutar para reformar o sistema de imigração, proteger os cidadãos da violência das armas de fogo ou pelo aumento do salário mínimo.
[twitter:687095691093540864]
Oito anos depois do histórico "Yes We Can", o otimismo norteou a emoção das palavras. "Acredito na mudança porque acredito em vocês: o povo americano. E é por isso que estou aqui, mais confiante do que nunca! O Estado da União é forte! Obrigado! Deus abençoe os Estados Unidos da América". As palmas fizeram o resto.
[youtube:rPS_58oxXCc]