Ernesto Cardenal faleceu esta madrugada, aos 95 anos, de insuficiência renal, no hospital de Manágua.
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Fica para a história das viagens papais de João Paulo II o encontro público do pontífice, em 4 de Março de 1983, com o sacerdote católico, Ernesto Cardenal, defensor da Teologia da Libertação.
O papa polaco repreendia de dedo em riste, o sacerdote que era ministro da Cultura no Governo sandinista da Nicarágua." Usted debe regularizar su situacion"- gritou-lhe o papa, enquanto o sacerdote nicaraguense permanecia, de joelhos, diante do chefe da Igreja católica.
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Nunca Cardenal regularizou a sua situação até que, no ano passado, o papa Francisco decidiu solicitar ao Núncio Apostólico em Manágua, a fim de regularizar a situação canónica de Ernesto Cardenal. O padre rebelde regressava assim, "oficialmente" ao exercício normal do sacerdócio.
Ernesto Cardenal foi um dos mais inspirados poetas latino americanos do século XX.
Depois de colaborar no Governo de Daniel Ortega converteu-se num dos seus maiores críticos. Faleceu esta madrugada, aos 95 anos, de insuficiência renal, no hospital de Manágua.