Indignado perante uma sala vazia durante o discurso de encerramento da presidência rotativa da União Europeia, Jean-Claude Juncker não conseguiu evitar o tom crítico.
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"O Parlamento Europeu (PE) é ridículo, muito ridículo. Saúdo os que se deram ao trabalho de estar na sala. Mas o facto de haver só uma trintena de deputados presentes neste debate é suficientemente demonstrativo que este parlamento não é sério", disse o presidente da Comissão Europeia, em Estrasburgo.
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Num debate em que participaram cerca de 30 dos 751 eurodeputados, Jean-Claude Juncker sublinhou ainda que se em vez do primeiro-ministro maltês, Joseph Muscat, estivesse na sala a chanceler alemã, Angela Merkel, ou o presidente francês, Emmanuel Macron, haveria "uma casa cheia".
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"O Parlamento é completamente ridículo", repetiu Juncker, na introdução inicial no debate sobre a presidência semestral maltesa, que terminou no dia 30 de junho.
As críticas do presidente da Comissão valeram-lhe uma repreensão por parte do seu homólogo do PE, Antonio Tajani, que o interrompeu para lhe pedir um tratamento "mais respeitoso". "Pode criticar, mas não é a Comissão que controla o Parlamento, é o Parlamento que controla a Comissão", afirmou, exigindo uma linguagem mais comedida.
"Nunca mais estarei presente numa sessão como esta", ameaçou Jean-Claude Juncker, depois de voltar a chamar de ridícula a falta de assiduidade dos eurodeputados. "O Parlamento tem que respeitar mesmo as presidências dos países mais pequenos, o que não está a fazer", rematou o presidente da Comissão Europeia.