A organização terrorista pôs a circular uma lista com os preços a que pretende vender escravos capturados. O documento está nas mãos das Nações Unidas e inclui valores para crianças e mulheres.
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O papel foi visto por Zainab Bangura, oficial das Nações Unidas, que afirma que o encanto que o grupo provoca nos militantes, mas também a barbariadade dos seus atos, representam desafios sem precedentes.
Zainab Bangura obteve a lista numa viagem que fez ao Iraque, em abril deste ano. Trata-se de um panfleto do Estado Islâmico do Levante e do Iraque com uma lista de preços.
Em junho surgiu um vídeo onde alegados membros do Estado Islâmico brincavam àcerca da compra de jovens escravas.
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As crianças com idades entre o um ano e os nove custam 230 dinares iraquianos, cerca de 152 euros. As raparigas adolescentes podem ser compradas por 114 euros. As mulheres com mais de inte anos valem ainda menos.
Os compradores têm sido os próprios combatentes do Estado Islâmico e o homens de negócios do Médio Oriente.
A existência da lista já tinha sido falada há oito meses, mas na altura a autenticidade da mesma tinha sido posta em causa. Uma dúvida que afinal não tinha razão de ser, Zainab Bangura, enviada especial das Nações Unidas para a violência sexual em conflitos, afirma já ter confirmado que o documento é verdadeiro.
"As raparigas são trocadas como se tratassem barris de combustível" conta Zainab Bangura. "Uma menina pode ser vendida e comprada por cinco ou seis homens diferentes. Às vezes os combatentes vendem as raparigas de volta à família em troca de milhares de dólares".
Bangura, é muçulmana e ex-ministra dos negócios estrangeiros da Serra Leoa. Ela afirma que os militantes do Estado Islâmico "têm um manual de como tratar estas raparigas. Têm até um departamento de casamentos que organiza todos os "casamentos" e a venda das miúdas".