O Confinamento Seguro construído em 1986 vai ser desmantelado até 2023.
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O primeiro sarcófago construído para cobrir os destroços do reator número 4 da central nuclear de Chernobyl está a colapsar.
A estrutura designada Confinamento Seguro foi construída imediatamente depois do acidente nuclear, em 1986, e atualmente está coberta por uma nova cúpula.
Graças a este Novo Confinamento Seguro as 200 toneladas de material altamente radioativo não serão libertadas para a atmosfera mesmo que o sarcófago interior se desmorone. No entanto, a estrutura terá de ser desmantelada, conta o Business Insider.
A construção do primeiro sarcófago foi feita à pressa para tentar conter mais rapidamente possível as consequências do acidente e expôs 600 mil trabalhadores a níveis perigosos de radiação. Pelo menos 31 pessoas morreram de síndrome aguda da radiação nos meses que se seguiram e o número de vítimas indiretas continua por determinar.
A estrutura foi construída com 400 metros cúbicos de cimento e sete milhões de quilos de aço, mas as juntas de ligação foram mal seladas. Há também aberturas no teto que permitiram infiltrações de água, o que originou corrosão.
A empresa responsável pelo projeto, a SSE Chernobyl NPP, disse em comunicado que a avaliação de peritos revelou que o risco de colapso é "muito alto". Apenas a gravidade manteve a estrutura de pé até agora.
Os trabalhos de desmantelamento vão custar quase 70 milhões de euros e devem estar concluídos em 2023. O contrato foi assinado a 29 de julho.
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O Novo Confinamento Seguro demorou nove anos a construir e estima-se que dure 100 anos antes de se começar a deteriorar.
Custou ao todo 2,2 mil milhões de euros: o Banco Europeu para a Reconstrução e Desenvolvimento avançou 715 milhões de euros e o restante partiu de um fundo com contribuições de 45 países. A Ucrânia, foi um dos que mais pagou, 100 milhões de euros.
É também a maior estrutura móvel terrestre alguma vez construída. Tem 257 metros de comprimento, 108 metros de altura e pesa mais de 36 mil toneladas
As visitas turísticas à central nuclear e à cidade abandonada de Pripyat aumentaram este ano, em grande parte devido à transmissão da série da HBO "Chernobyl". Até já há lojas de souvenirs nos postos de controlo.
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