Esta é a chave para que a cimeira de Singapura possa ser considerada um sucesso. A ideia é defendida pelo antigo embaixador de Portugal na Coreia do Sul em entrevista à TSF.
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O antigo Embaixador de Portugal na Coreia do Sul acredita que, para ser considerada um sucesso, a Cimeira de Singapura tem de estabelecer as bases para o fim do nuclear na Península Coreana mas com a garantia de que esse processo é constantemente fiscalizado no terreno.
Carlos Frota, numa entrevista à TSF, a dois dias do encontro Trump-Kim, conclui que essa é a grande vitória quando se compara com o que aconteceu no passado, por exemplo, no tempo da presidência de Bill Clinton.
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A Cimeira entre Donald Trump e Kim Jong-un realiza-se depois dos dois encontros recentes entre os presidentes da Coreia do Sul e da Coreia do Norte e numa altura, sublinha o antigo embaixador português em Seul, em que a China, um dos grandes protagonistas regionais, ganhou poder e influencia internacionais.
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São fatores que, para Carlos Frota, fazem toda a diferença e que permitem a Cimeira de Singapura.
O diplomata lembra que a China não está interessada em ter um problema de instabilidade ali ao lado e por isso também uma aposta de Pequim numa relação mais articulada com Pyongyang.
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Os norte-americanos concluem que foram as sanções que obrigaram o líder da Coreia do Norte a ceder mas o diplomata Carlos Frota lembra que, tal como está provado, os castigos internacionais não resultam sozinhos.
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Carlos Frota, antigo Embaixador de Portugal na Coreia do Sul considera ainda que neste puzzle diplomático, mais cedo ou mais tarde vão juntar-se Japão e Rússia, cada um com interesses muito específicos na situação.
Já se veiculou a possibilidade de uma cimeira entre o primeiro-ministro do Japão e o líder da Coreia do Norte, sabendo que Kim Jong-un aceitou o convite de Vladimir Putin para uma visita a Moscovo até ao final do ano.
com José Carlos Matias, correspondente da TSF na Ásia