Durante a guerra com o Vietname o exército americano largou milhões de bombas sobre aldeias no Laos. Cerca de 80 milhões não detonaram, e apresentam ainda hoje um perigo mortal para as populações.
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Barack Obama está no Laos para uma visita de três dias que visa estreitar os laços entre o país e os Estados Unidos da América. Obama, o primeiro presidente americano a visitar o Laos, anunciou hoje uma verba de 90 milhões de dólares para a limpeza dos campos das bombas deixadas no terreno durante a guerra com o Vietname, declarando que os EUA têm a "obrigação moral" de ajudar o Laos. Por sua vez o governo do Laos deve reforçar o auxílio na identificação de operacionais americanos mortos ou desaparecidos durante a guerra.
Durante os anos 60 e 70 as aldeias rurais do Laos que se encontravam próximas da fronteira com o Vietname foram fortemente bombardeadas pelo exército norte-americano, de forma a destruir as rotas de abastecimento do Vietname a norte. A área foi também usada como "terreno de descarga" pelos aviões de combate quando os alvos da missão não eram localizáveis, pois as aeronaves não podiam aterrar com explosivos a bordo.
Segundo as autoridades do Laos, cerca de um terço dessas bombas não explodiram, deixando os campos repletos de explosivos. Desde o final da guerra mais de 20 mil pessoas foram mortas pelas bombas deixadas para trás, entre elas, muitas crianças. Esta realidade tem um profundo impacto no desenvolvimento do Laos, nomeadamente no turismo e na agricultura, da qual depende grande parte da população.