Haddad foi ao Nordeste tentar recuperar votos. Bolsonaro não fez campanha.
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O último dia de campanha no Brasil, onde não existe o chamado dia de reflexão, foi marcado pela visita de Fernando Haddad à Bahia para tentar conter a transferência de votos de uma das fortalezas eleitorais do PT, o nordeste, para Jair Bolsonaro.
Lá, focou num dos temas quentes de campanha: a religião. Maioritário entre católicos, Haddad piscou o olho aos evangélicos, que votam com larga margem em Bolsonaro, principalmente depois de Edir Macedo, da Igreja Universal, lhe ter declarado apoio.
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"O evangélico ser contra o católico ou o católico ser contra o evangélico? Nada disso", afirmou Haddad, perante uma multidão de seguidores.
"Sou casado há 30 anos com a mesma mulher", disse ainda Haddad, noutro piscar de olho ao eleitorado religioso.
Lula da Silva também ajudou Haddad ao soltar um vídeo, presume-se que gravado antes da sua prisão, em que afirma que ninguém fez mais do que o PT pelo povo.
Bolsonaro, ainda a convalescer, por conselho médico, não fez campanha. Mas viu a última sondagem alimentar-lhe o sonho de poder ganhar ainda na primeira volta, atribuindo-lhe quase 43% dos votos válidos, contra 28% de Haddad.
Haddad disse que é bom mesmo que Bolsonaro ganhe na primeira volta porque na segunda vai "derreter" nos debates com ele.