O que têm em comum Twitter e Uber? A carta ao Senado para travar violência com armas
Os diretores das empresas querem ver aprovada uma lei que exija a verificação de antecedentes de compradores em todas as vendas de armas.
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Os diretores executivos de 145 empresas pediram esta sexta-feira numa carta enviada ao Senado para que atue contra a violência com armas de fogo nos EUA, após os tiroteios de agosto em El Paso (Texas) e Dayton (Ohio).
"Instamos o Senado a permanecer com o povo norte-americano e a tomar medidas sobre a segurança com armas, aprovando uma lei que exija a verificação de antecedentes (de compradores) em todas as vendas de armas", escreveram os responsáveis pelas empresas.
Segundo a agência de notícias espanhola Efe, entre os subscritores da carta estão os diretores de empresas como o Twitter, a Uber, a Levi Strauss, a Yelp, a Reddit ou a Havas Group.
Na missiva recordam que todos os dias 100 norte-americanos são mortos a tiro e centenas são feridos, e que, nas últimas semanas, houve tiroteios em diferentes partes do país. "Esta é uma crise de saúde pública que exige ações urgentes. Como líderes das empresas mais respeitadas dos Estados Unidos e com interesses comerciais significativos nos Estados Unidos, escrevemos porque temos a responsabilidade e a obrigação de permanecer junto aos nossos funcionários, clientes e todos os norte-americanos", lê-se na carta.
Nesse sentido, os subscritores consideraram que a inação em relação à violência com armas de fogo nos Estados Unidos da América "é simplesmente inaceitável".
O tiroteio em El Paso, a 3 de agosto deste ano, que causou 22 mortos, ocorreu horas antes de outro numa popular área de lazer na cidade de Dayton (Ohio), que provocou nove mortos.
A 31 de agosto, sete pessoas morreram e 25 ficaram feridas em Odessa (Texas) durante outro tiroteio, cujo autor foi morto pela polícia.