O último debate antes das presidenciais no Brasil vai ser "duro" para Dilma Rousseff
O Brasil assiste, esta noite, ao último debate com os candidatos presidenciais. A primeira volta das eleições realiza-se no próximo domingo e até lá cumpre-se uma campanha inesperada. opinião é de Bruno Bernardes investigador do Observatório Político, especialista em América Latina.
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As surpresas têm sido várias e estão a baralhar as presidenciais brasileiras, que podem dar origem a uma segunda volta no feminino, que os candidatos masculinos não aguardavam.
A morte do candidato Eduardo Campos foi o episódio que mais marcou a campanha. Trouxe Marina Silva para a ribalta política e provocou danos imediatos nas intenções de voto em Dilma Rousseff.
A análise é de Bruno Bernardes. Para este investigador do Observatório Político e especialista em América Latina diz o embate foi forte, mas não foi o único. Os gastos com o último campeonato do mundo de futebol e com os próximo jogos olímpicos continuam a provocar muitas críticas. A ausência de um sistema de saúde e o fraco desempenho da economia brasileira são outros fatores que afetam a candidatura de Dilma.
Esta noite realiza-se o último confronto com todos os candidatos. Bruno Bernardes antevê um embate duro para a atual chefe de Estado, mas reconhece, ao mesmo tempo, que Dilma Rousseff tem respondido à altura nos debates anteriores.
Na opinião de Bruno Bernardes as eleições não vão terminar no domingo. Vai haver segunda volta com Dilma e Marina, que vai terminar com a recondução da actual chefe de estado.
Para assegurar que isso vai mesmo acontecer, o "trunfo" Lula da Silva deve aparecer em força depois da primeira volta e andar lado a lado com a candidata do PT, como aconteceu na última corrida.