Hillary Clinton, candidata à nomeação democrata para as presidenciais dos Estados Unidos, manifestou terça-feira a sua oposição à exploração petrolífera no Ártico, um dia após Barack Obama ter dado luz verde à Shell para fazer perfurações exploratórias.
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"O Ártico é um tesouro único. Não podemos correr o risco de fazer perfurações", escreveu na rede social Twitter a antiga secretária de Estado no primeiro mandato presidencial de Barack Obama.
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No início de maio, o Governo dos Estados Unidos autorizou a Shell a iniciar perfurações exploratórias de hidrocarbonetos no Oceano Ártico, ao largo do Alasca. Na segunda-feira, o Governo deu ao grupo petrolífero anglo-holandês a autorização que faltava.
As associações de proteção do ambiente contestaram a decisão, destacando os elevados riscos para os recursos do oceano naquela parte remota do mundo.
A administração de Obama assegura que foi feito um "alto padrão de exigências" para proteger o ecossistema da região, assim como os meios de subsistência e tradições culturais dos seus habitantes.
Hillary Clinton tem apoiado as medidas anunciadas pelo Presidente Barack Obama na luta contra as alterações climáticas.
Mas a candidata - grande favorita nas primárias do lado dos democratas - continua a ser evasiva sobre a questão ambiental mais sensível e que Barack Obama deve decidir: a construção do oleoduto Keystone XL.
O oleoduto vai permitir o transporte de petróleo das areias betuminosas de Alberta, Canadá, para o centro dos Estados Unidos, Nebraska, para chegar às refinarias do Golfo do México.
O Presidente norte-americano deve visitar o Alasca no final de agosto. "Vou lá porque os habitantes do Alasca estão na linha da frente de um dos nossos maiores desafios do nosso século: as alterações climáticas", explicou.
"No Alasca, o gelo está a derreter. A caça e a pesca de que as pessoas vivem estão ameaçadas", afirmou Obama, num vídeo divulgado pela Casa Branca.