Barack Obama anunciou, esta quarta-feira, primeiro dia de trabalho enquanto presidente dos Estados Unidos, que os principais colaboradores da Casa Branca vão ter os salários congelados, justificando esta medida com a necessidade de Washington dar o exemplo em tempos de crise.
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«Durante este período de emergência económica, as famílias estão a apertar os cintos e Washington devia fazer a mesma coisa», disse Obama ao dar as boas-vindas aos seus colaboradores da Casa Branca.
«É por isso que vou decretar um congelamento dos salários aos meus colaboradores seniores da Casa Branca» que ganhem mais de 100 mil dólares, explicou.
«A transparência e a força da lei serão as pedras basilares desta presidência», frisou, anunciando uma «nova era de abertura».
O novo presidente anunciou também que vai impor mudanças na interpretação da lei de acesso à informação. Em concreto, Obama disse que vai dar ordens aos departamentos governamentais para errarem pelo lado de dar a informação e não pelo lado de impedir que seja divulgada, como estava imposto até agora.
Antes disso, o presidente tinha dado uma ordem para as suspensões dos julgamentos em Guantánamo por parte das comissões militares - tribunais instituídos pela administração de George W. Bush para julgar alegados terroristas ali detidos.
Entretanto, durante esta quarta-feira, foi divulgado um projecto de decreto presidencial que prevê o fecho da prisão de Guantanamo dentro de um ano.
Durante o seu primeiro dia de trabalho enquanto presidente, Barack Obama teve ainda uma reunião sobre a guerra do Iraque com o embaixador norte-americano em Bagdad e comandantes estacionados naquele país, para se inteirar da situação actual naquela região.
Obama telefonou ainda ao presidente do Egipto, ao primeiro-ministro de Israel a ao presidente da Autoridade Palestiniana, prometendo o envolvimento activo da sua administração na questão israelo-palestiniana.
O presidente sublinhou a necessidade de se facilitar um programa de reconstrução com a Autoridade Palestiniana e de estabelecer um sistema anti-contrabando para impedir o movimento Hamas de se rearmar.