O Presidente dos Estados Unidos afirmou que não irá repetir os erros cometidos no Iraque, numa altura em que avalia a uma eventual ação militar contra a Síria.
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«Sou uma pessoa que se opôs à guerra no Iraque. E não estou interessado em repetir os erros de basearmos decisões em informações imprecisas», disse o chefe de Estado norte-americano, que está a realizar uma visita de dois dias à Suécia, numa conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro sueco, Fredrik Reinfeldt.
«A memória do Iraque e das acusações sobre a existência de armas de destruição em massa persiste, e as pessoas estão preocupadas sobre a exatidão destas informações» sobre o uso das armas químicas, admitiu o governante.
Obama, que pediu no sábado a autorização do Congresso para o uso da força contra o regime de Bashar al-Assad, afirmou acreditar que terá o apoio dos legisladores norte-americanos.
«Penso que o Congresso irá aprovar porque (...) se a comunidade internacional não conseguir respeitar certas regras (...) passado algum tempo, o mundo irá transformar-se num lugar menos seguro», frisou.
O Presidente norte-americano defendeu que a comunidade internacional «não pode ficar em silêncio» depois de a Síria ter usado alegadamente armas químicas contra o povo sírio.
«Discuti a nossa avaliação [com o primeiro-ministro sueco] e estamos de acordo que perante tal barbárie a comunidade internacional não pode ficar em silêncio», referiu Barack Obama.
«Não reagir a este ataque só irá aumentar o risco de mais ataques e a possibilidade de outros países usarem também estas armas», defendeu.
O líder norte-americano acrescentou que espera que o Presidente russo, Vladimir Putin, possa mudar de posição em relação a uma eventual intervenção militar na Síria.
«Estou sempre esperançoso (...). Em última análise, podemos acabar com as mortes de forma muito mais rápida se a Rússia assumir uma abordagem diferente face a estes problemas», assegurou.
Na mesma conferência de imprensa, Fredrik Reinfeldt declarou que a Suécia «condena nos termos mais fortes o uso de armas químicas na Síria».