O Presidente dos Estado Unidos disse na terça-feira que a ofensiva contra os 'jihadistas' é uma campanha a «longo prazo», com «avanços e retrocessos».
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«Neste momento, estamos centrados nos combates que estão a decorrer na província de Al Anbar, no Iraque, e profundamente preocupados com a situação do povo sírio de Kobani», declarou Barack Obama, vincando o desafio que representa o Estado Islâmico (EI) tanto no Iraque como na Síria.
O chefe de Estado norte-americano explicou que «os ataques aéreos da coligação continuarão na Síria e no Iraque», depois de uma reunião com o chefe de Estado Maior dos EUA, o general Martin Dempsey, e com as chefias militares de 21 países da força conjunta para abordarem a estratégia de luta contra os 'jihadistas'.
O Governo de Obama indicou nas últimas semanas que não considera prioritário evitar que o EI assuma o controlo de Kobani, um dos três principais enclaves curdos da Síria e objeto de uma ofensiva dos 'jihadistas' desde há quase um mês.
O Pentágono e o Departamento de Estado reiteraram que a estratégia norte-americana se centra no ataque aos «centros de comando e controlo da infraestrutura» do EI e não em combater as suas ameaças sobre cidades específicas.
Não obstante, as forças militares norte-americanas e os aliados árabes continuam a efetuar ataques diários, centrados em ajudar as forças curdas e a manter o controlo de Kobani.
Obama não fez qualquer anúncio depois da sua reunião na base aérea de Andrews, no estado de Virgínia, mas assegurou que «cerca de 60 países» se uniram, até agora, à coligação inbternacional contra o EI, conscientes de que esta vai ser uma «campanha a longo prazo».
«Não pode haver atalhos aqui. Todavia, estamos nas etapas iniciais. E como em qualquer esforço militar, vai haver dias de avanços e períodos de retrocesso, mas a nossa coligação está unida neste esforço a longo prazo», sublinhou Obama.
Entre os participantes na reunião contaram-se representantes das chefias militares de Espanha, Austrália, Barein, Bélgica, Canadá, Dinamarca, Egito, França, Alemanha, Iraque, Itália, Jordânia, Kuweit, Líbano, Holanda, Nova Zelândia, Qatar, Arábia Saudita, Turquia, Emirados Árabes Unidos e Reino Unido.