O Presidente norte-americano, Barack Obama, prometeu hoje aumentar o apoio dos Estados Unidos à oposição síria que luta contra o regime do líder Bachar al-Assad, mas também contra os extremistas islâmicos.
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«Vou trabalhar com o Congresso para aumentar o nosso apoio aos que, dentro da oposição síria, oferecem a melhor alternativa aos terroristas e a um ditador brutal», declarou o governante, num discurso dedicado à política externa norte-americana hoje realizado na prestigiada academia militar de West Point, no Estado de Nova Iorque.
Obama também insistiu sobre o facto de que os Estados Unidos, ao lado dos países aliados na Europa e no mundo árabe, vai continuar a trabalhar para alcançar uma solução política para tentar resolver a crise na Síria.
«Por mais frustrante que seja, não existe uma resposta fácil, não há solução militar que consiga eliminar o sofrimento num futuro próximo», lamentou Obama.
«Como Presidente, tomei a decisão de não enviar tropas norte-americanas para o meio desta guerra civil, e acho que foi uma boa decisão. Mas isso não significa que não devemos ajudar o povo sírio a lutar contra um ditador que bombardeia e mata à fome o seu povo", disse o líder norte-americano, sublinhando que ao apoiar a oposição armada, os Estados Unidos "diminuíram também o número de extremistas que encontram um refúgio no meio do caos».
Barack Obama quer também reforçar os apoios aos países "vizinhos" da Síria: Jordânia, Líbano, Turquia e Iraque, que acolhem muitos refugiados sírios.
Oficialmente, o apoio norte-americano aos rebeldes sírios está confinado, desde o início do conflito, a ajuda "não-letal" avaliada em 287 milhões de dólares.
Na terça-feira, o jornal norte-americano Wall Street Journal noticiou que Obama estaria a ponderar dar autorização ao Pentágono para treinar rebeldes sírios moderados, reflexo das preocupações da Casa Branca em relação à ascensão dos extremistas com ligações à Al-Qaida naquela região.
Ao mesmo tempo, um jornal russo anunciou que Moscovo, um parceiro tradicional de Damasco, irá atribuir 240 milhões de dólares de ajuda ao aliado sírio.
Mais de 162.000 pessoas foram mortas na Síria, entre as quais 53.978 civis, desde o início do conflito em março de 2011, segundo um novo balanço do Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH). O conflito também fez mais de nove milhões de refugiados e deslocados.