O presidente dos Estados Unidos da América quer uma coligação internacional mais ativa no combate ao terrorismo do Daesh, o autodenominado EIIS (Estado Islâmico do Iraque e da Síria).
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Barack Obama quer mais empenho da Rússia no combate ao Daesh. O presidente dos Estados Unidos, apesar de dizer que a luta da coligação contra o terrorismo "não vai abrandar" revelou aos jornalistas, numa conferência de imprensa no final da cimeira da ASEAN, em Kuala Lumpur, que a Rússia deveria concentrar-se em combater na Síria "apenas alvos do Daesh".
No discurso, antes das perguntas dos jornalistas, Obama lembrou as vitimas do terrorismo em Paris e no Mali e nomeou os nomes das cidadãs de nacionalidade americana. Elas "não são estatísticas, são pessoas e vidas bonitas que vemos por detrás destas baixas" e em sua memória "não devemos ceder ao medo nem à descriminação contra as pessoas que professam uma religião diferente". Para Obama a xenofobia e a descriminação racial ajudam o Daesh.
Neste sentido, o presidente norte americano sentencia: "Vamos destruir o Daesh no campo de batalha. Vamos recuperar as terras onde eles estão. Cortaremos o seu financiamento. Deitaremos abaixo os seus lideres. Desmantelaremos as suas redes e linhas de abastecimento. Vamos destrui-los e nesse processo queremos garantir que não perdemos os nossos valores e princípios".
Para que isto aconteça, Obama fez uma promessa: "Tudo o que temos a dizer é que a nossa coligação não vai abrandar, não aceitamos que os ataques dos terroristas aos nossos hoteis, restaurantes e teatros se tornem banais. Não nos podem aterrorizar com o medo ou mudarmos os nossos padrões de comportamento"
A propósito desta ideia, questionado pelos jornalistas, se Obama mantinha a viagem a Paris por ocasião da Cimeira do Clima, o presidente norte-americano afirmou que ir a Paris vai mostrar que "não temos medo" do terrorismo. A Cimeira realiza-se no final deste mês na capital francesa.
Estas palavras de Obama foram à margem da reunião da ASEAN (Associação de Nações do Sudeste Asiático) que hoje foi declarada como um mercado único, terminando um processo de oito anos para integrar as suas dez economias. Os líderes desta associação assinaram hoje a declaração em que se afirmam como a Comunidade ASEAN.
A ASEAN foi fundada em 1967, e é formada pela Birmânia, Brunei, Camboja, Filipinas, Indonésia, Laos, Malásia, Singapura, Tailândia e Vietname, formando um espaço com 622 milhões de habitantes.