Os observadores eleitorais do Centro Carter apontaram, este sábado, «falta de credibilidade» nos resultados preliminares das eleições presidenciais que foram anunciados sexta-feira.
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«O Centro Carter considera que os resultados provisórios da eleição presidencial de 28 de Novembro anunciados pela Comissão Eleitoral Nacional Independente (Ceni) a 9 de Dezembro na República Democrática do Congo carecem de credibilidade», afirmam os observadores num comunicado.
A comissão declarou Kabila vencedor com 48,95 por cento dos votos, uma larga vantagem em relação ao seu principal adversário, Etienne Tshisekedi, que obteve 32,33 por cento.
A declaração de vitória de Kabila foi seguida de manifestações violentas em vários bairros da capital, Kinshasa, que fizeram pelo menos oito mortos, segundo fontes policiais.
De acordo com a polícia, três pessoas morreram em Kimbanseke em confrontos durante uma manifestação. Responsáveis da oposição asseguraram que a polícia usou balas reais contra os manifestantes, mas o Governo nega.
Um jovem que segundo a polícia participava na pilhagem de uma escola em Ndjili foi abatido este sábado e, no bairro de Ngaliemaque, dois manifestantes morreram em circunstâncias não esclarecidas.
Os outros dois mortos são uma criança do sexo feminino, cujo cadáver foi encontrado por uma patrulha, e um jovem encontrado morto no município de Makala, segundo a polícia.
Joseph Kabila, 40 anos, chegou ao poder em 2001 na sequência do assassínio do pai, Laurent-Désiré Kabila, líder da rebelião armada que derrubou o regime de Mobuto Sese Seko.
A sua reeleição tem sido contestada por várias forças e por congoleses a viver no estrangeiro.
Esta eleição na República Democrática do Congo motivou, este sábado, um protesto de cerca de 500 pessoas em Londres. A polícia informou, entretanto, que fez 143 detidos.
Os manifestantes saíram do perímetro de segurança bloqueando uma das ruas de acesso à residência do primeiro-ministro e causando distúrbios em lojas e viaturas.