Um homem de 88 anos foi indiciado pela morte e cumplicidade de morte durante o massacre de Oradour-sur-Glane, o pior cometido em França pelo exército nazi durante a Segunda Guerra Mundial.
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Fonte judicial alemã citada pela agência noticiosa AFP admitiu, no entanto, ser pouco provável o início imediato de um processo judicial.
O homem, que tinha 19 anos quando ocorreram os factos, é acusado de «morte coletiva de 25 pessoas e de cumplicidade de morte de várias centenas de outras pessoas», anunciou em comunicado o tribunal de Colónia (leste).
O reformado, que vive nos arredores de Colónia, integrava o regimento 'Der Führer' da divisão blindada SS 'Das Reich', que executou 642 civis à passagem por esta cidade do centro de França em 10 de junho de 1944 a caminho da frente da Normandia.
Os habitantes da cidade foram reunidos na praça do mercado e os homens separados das mulheres e crianças.
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Os homens foram de seguida divididos em quatro grupos, e executados em quatro locais diferentes.
O octogenário é suspeito de ter morto, com outros membros do regimento, 25 homens abatidos numa quinta por rajadas de metralhadoras, segundo refere o tribunal de Colónia.
De seguida, prosseguiu o tribunal, ter-se-á dirigido à igreja de Oradour, onde foram concentradas centenas de mulheres e crianças imobilizadas de início por um gás sufocante, antes de a igreja ser totalmente queimada. Apenas uma mulher sobreviveu.
Em outubro de 2010 a justiça alemã abriu um novo inquérito judicial sobre o massacre de Oradour-sur-Glane, com o procurador a referir que deveria ficar concluído em 2014, 70 anos após os acontecimentos.
No início de setembro de 2013, Joachim Gauck foi o primeiro presidente alemão a deslocar-se a Oradour-sur-Glane, acompanhado pelo seu homólogo francês François Hollande.