A Alemanha e a União Europeia desenvolveram propostas para a obtenção de lucros inesperados das empresas não-dependentes do gás.
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O chanceler alemão, Olaf Scholz, defendeu, esta terça-feira, o aceleramento das reformas no mercado de eletricidade para aliviar a pressão sobre os consumidores e empresas antes deste inverno.
Empresas de eletricidade não dependentes do gás, tais como empresas nucleares, solares ou de energias renováveis, tinham conseguido "obter lucros extra porque o preço é determinado pela eletricidade produzida com gás", referiu Scholz num discurso em Berlim.
A Alemanha e a União Europeia desenvolveram propostas para a obtenção de lucros inesperados desses produtores para aliviar a pressão sobre os consumidores e as empresas que sofrem devido à subida das faturas cada vez mais elevadas.
"Vamos levar isto avante com grande rapidez para que possamos aliviar este fardo", apelou o chanceler alemão, acrescentando: "Podem ter a certeza de que isto acontecerá à velocidade necessária para o controlar neste inverno".
A Alemanha apressou-se a encher os tanques de armazenamento de gás antes da estação de alta intensidade energética e apressou-se a construir terminais de gás para importar novos fornecimentos de outros locais.
Os alemães reiniciaram a atividade em centrais a carvão e, no início de setembro, decidiu manter duas centrais nucleares em stand-by até meados de abril, ao invés de acabar completamente com a utilização de energia atómica até ao final do ano.
O governo da Alemanha também revelou um plano de 65 mil milhões de euros (66 mil milhões de dólares) para aliviar a pressão da inflação dos preços da energia, incluindo dinheiro para pensionistas e estudantes.
O apelo de Scholz acontece num momento em que a Rússia diminuiu o fornecimento de gás à Europa após a invasão da Ucrânia, fazendo subir o preço do combustível e, por arrasto, o custo da eletricidade.