O comissário europeu lamentou a opção do Reino Unido em ficar de fora do pacto orçamental e avisou que o país não vai escapar à vigilância europeia.
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Com um recado Cavid Cameron, Olli Rehn avisou, esta segunda-feira, o Reino Unido que não vai escapar à vigilância europeia, apesar da rejeição do acordo que dá à comissão mais poderes para fiscalizar a política orçamental dos estados.
«Se esta atitude se destinava a impedir que os banqueiros e corporações financeiras da City de Londres fossem regulamentados, isso não vai acontecer. Todos devemos tirar as lições da crise e ajudar a resolvê-la e isso também é válido para o sector financeiro», afirmou.
Olli Rehn sublinhou que a vigilância ao Reino Unido acontecerá no âmbito das novas regras para reforço da governação económica na Europa, que entram em vigor esta terça-feira.
«O défice e dívida excessivos do Reino Unido, bem como os desequilíbrios económicos vão ser alvos da mesma vigilância como os outros membros da União Europeia, mesmo que o mecanismo de reforço se aplique mais aos estados da zona euro», advertiu.
No entanto, Olli Rehn lamentou a ausência do Reino Unido sobre o acordo alcançado no Conselho Europeu.
«Lamento muito que o Reino Unido não tenha desejado aderir ao novo pacto fiscal; Lamento tanto pelo bem da Europa e pela sua resposta à crise, como pelos cidadãos britânicos e pelas suas perspectivas», disse.
Numa conferencia em Bruxelas, na véspera da entrada em vigor do pacote de seis peças legislativas para o reforço da governação económica na Europa, Rehn desafiou ainda a participação de Londres para assumir um papel central e forte, em vez de se colocar à margem da construção europeia.