A Organização Mundial de Saúde (OMS) certificou, esta sexta-feira, um conjunto de 15 testes rápidos para identificar vítimas de malária, que mata quase 900 mil pessoas por ano.
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A Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou, esta sexta-feira, a adopção de 15 testes instantâneos da malária. Um instrumento que permite identificar as vítimas deste parasita.
Com esta ferramenta é possível iniciar mais cedo os tratamentos anti-paludismo e diminuir o número de vítimas desta doença que mata quase 900 mil pessoas por ano, em todo o mundo, mas sobretudo nos países em desenvolvimento, como o continente africano.
Foram analisados 29 tipos e marcas diferentes de testes mas a OMS deu luz verde a apenas 15, o que é um bom sinal na opinião do investigador Jorge Atouguia, do Instituto de Higiene e Medicina Tropical, porque vão pemitir um diagnóstico mais rápido.
«Já há vários anos que uma das linhas que a OMS estava a seguir do ponto de vista do controlo da malária era através da utilização de testes rápidos e a selecção de 15 testes é uma boa notícia porque estes testes são mais rápidos do que a utilização dos métodos de diagnóstico clássicos», declarou o investigador.
Apesar disso, Jorge Atouguia sublinha que os testes rápidos não substituem a identificação da doença através do microscópio, mas são uma ferramenta útil em ambientes extremos, já que apenas um quarto dos casos suspeitos na maioria dos países africanos é despistada em laboratório.
Por isso, a OMS acredita que o diagnóstico universal vai permitir aos profissionais de saúde identificar se um doente com febre alta tem ou não malária e se precisa ou não de tratamento anti-paludismo.